sexta-feira, 23 de setembro de 2011


            Assistindo ao filme Lanterna Verde (Green Lantern) (uma adaptação dos quadrinhos), e estudando os textos da disciplina de Fundamentos de Psicologia Humanista-Existencial, comecei a refletir questões sobre “vontade”.

            Na historia do Lanterna Verde existem “Guardiões do universo” que possuem um anel com poderes sobre o mundo físico. Este anel cria “objetos” de acordo com a mente de quem o possui, limitado apenas por duas coisas: a força de vontade do lanterna verde e o medo. Assim, a maior força do universo é a vontade, e seu impedimento os próprios limites da vontade (e da criatividade) e o medo. Quanto maior a força de vontade do usuário, mais eficaz é o anel. 

            Nós somos muitas vezes, nossa maior força e nossa maior fraqueza, nosso maior inimigo está em nós mesmos assim como nesta historia, esse inimigo é o medo. Nos quadrinhos a solução é compreendê-lo e superá-lo, o que é uma habilidade aprendida, ou seja, precisa ser treinada e aperfeiçoada.

            Essas questões me remeteram primeiramente a “Vontade de potencia” do filosofo alemão Nietzsche – que coloca a existência do mundo e dos seres que nele habitam, como um continuum, que sempre existiu e sempre existirá, e o que move e mantém esta existência é a vontade - “esse meu mundo dionisíaco do eternamente-criar-a-si-próprio, do eternamente-destruir-a-si-próprio, sem alvo, sem vontade... Esse mundo é a vontade de potência — e nada além disso! E também vós próprios sois essa vontade de potência — e nada além disso!”

            Neste caso, Vontade de Potencia não está relacionada a nenhum tipo de força física, dinâmica ou outra, mas é a lei originária que rege as forças do universo. É interessante pensar que somos constituídos de vontade, que somos vontade e que pré-existe em nós criação e destruição, antagonistas, porém equilibradores...Mantendo uma homeostase geral...

            Finalmente isso tudo, me levou a uma questão que eu considero muito importante nas “PsicologiaS”: a cisão entre “psicologias positivas” e  “psicologias das patologias”, onde alguns vieses (dominantes) focam no indivíduo e suas patologias, perdas e etc. e em outros o foco são as características positivas ou as potencialidades do sujeito.

            A psicologia, ou as “psicologiaS” deveriam ser equilibradas, um conjunto desses fatores, articulando os aspectos que estão disfuncionais e causam sofrimento com aqueles que estão “saudáveis” e podem ajudar no desenvolvimento do organismo. Nas diversas teorias humanistas, ao que tange a “satisfação das necessidades” e o “vir a ser / poder ser”, questões de vontade, força de vontade e resiliência são tópicos recorrentes, que se voltam para essas questões que movem os seres humanos, e que os levam a continuar apesar das vicissitudes.

            Como gerenciar nossas “vontades” e nossas possibilidades? Como seres sociais e culturais, pós modernos, o que significa essa “força motriz” que nos impulsiona? Questões sobre vontade podem ser infinitas, e  são basicamente incógnitas para a Psicologia atual.

            Essas são questões do tipo existenciais, como: “de onde viemos? E para onde vamos? Quem somos?”, ou seja, impossíveis de responder, mas que mobilizam milhares de pessoas e podem sim, de diversas maneiras ser teorizadas.

"A diferença entre o possível e o impossível está na vontade humana."

"A força não provém da capacidade física e sim de uma vontade indomável." -  Gandhi

"Há uma força motriz mais poderosa que o vapor, a eletricidade e a energia atômica: a vontade." - Einstein

3 comentários:

  1. Como diria o velho sábio da montanha: "Ao infinito, e além!"

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  2. Confio mais no vapor e na eletricidade.

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  3. A vida é um eterno retorno de todas as coisas...O tempo, nessa concepção, é um anel perfeito, sem inicio nem fim, é uma estrada que só pode ser conhecida no portal do instante.

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