segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Mulheres Pela Paz

2011, foi declarado pela ONU como o Ano Internacional da Química e das Florestas. Mal sabiam eles que seria o ano das greves, das redes sociais e das “revoluções” no oriente... 

A declaração da ONU me lembrou da física nuclear polonesa Marie Curie, que foi a primeira mulher a receber um Nobel, em 1903.  E também a única mulher até hoje a receber um segundo prêmio Nobel - o de Química, em 1911.

Apesar disso, a presidente da Libéria, Ellen Johnson-Sirleaf e as ativistas Leymah Gbowee e Tawakul Karman ganharam o prêmio Nobel da Paz 2011, pela "luta não violenta pela segurança e os direitos das mulheres para participar plenamente das tarefas de pacificação".

O prêmio Nobel da Paz segundo  Alfred Nobel, deveria distinguir "a pessoa que tivesse feito a maior ou melhor ação pela fraternidade entre as nações, pela abolição e redução dos esforços de guerra e pela manutenção e promoção de tratados de paz".

Ao contrário dos outros prémios Nobel, o Nobel da Paz pode ser atribuído a pessoas ou organizações que estejam envolvidas num processo de resolução de problemas, ao invés de apenas destacar aqueles que já atingiram os seus objetivos em alguma área específica (como os outros premios), o que não desmerece outros premios, mas faz deste um prêmio com características próprias.

Desde 1901, de um total de 851 premiações, somente 44 foram destinadas a mulheres, sendo que destes, somente 15 mulheres foram contempladas com prêmios Nobel da Paz, ao que podemos incluir as 3 novas ganhadoras, Ellen Johnson-Sirleaf, Leymah Gbowee e Tawakul Karman. Todas envolvidas em questões relativas aos direitos humanos, direitos das mulheres e pela paz, das quais provavelmente você só ouviu falar da Madre Teresa de Calcutá.

Os membros do júri acrescentaram: não se pode alcançar "a democracia e uma paz duradoura no mundo até que as mulheres obtenham as mesmas oportunidades que os homens para participarem do desenvolvimento social em todos os níveis".

Leymah Gbowee disse que as mulheres não devem esperar salvadores. "Não esperem por (Nelson) Mandela, não esperem por (Mahatma) Gandhi, não esperem por (Martin Luther) King. Vocês têm que ser seu próprio Mandela, seu próprio Gandhi, seu próprio King".

Umas das ganhadoras, conhecida como "dama de ferro", Ellen Johnson-Sirleaf (presidente da Libéria), foi a primeira mulher eleita chefe de Estado de um país africano, nós também temos uma presidente mulher, mas o que isso significa para o nosso país e para o mundo? 

Ana Carolina Paes

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